Modelo com história e prestígio será importado oficialmente e conta com motor quatro cilindros em linha e visual agressivo, sem carenagem
Fotos: MV Agusta/Divulgação |
As rodas em liga leve e forma de estrela têm aro de 17 polegadas |
A prestigiada marca, criada pelo nobre conde Agusta, fabricante de helicópteros, também ganhou as pistas, vencendo diversas vezes o Mundial de Motovelocidade com o lendário piloto Giacomo Agostini. Porém, nem a nobreza nem o prestígio foram capazes de convencer os consumidores, frente ao avanço das marcas japonesas, obrigando a marca a fechar as portas na década de 1970. O renascimento veio em grande estilo, em 1997, com o lançamento da badalada esportiva F4 750.
Parceira
Para relançar a marca, os construtores contaram com ajuda da Ferrari, que desenvolveu o motor, com a clássica arquitetura de quatro cilindros em linha, refrigeração líquida e injeção eletrônica. Inicialmente, o propulsor tinha 750 cm³, mas foi sendo aumentado e atualmente conta com as versões 910 cm³, 989 cm³ e 1.078 cm³, para atingir os diversos nichos de mercado. A parceria continuou com os principais fornecedores mundiais e com a respeitada escola italiana de design.
A balança da suspensão traseira, em alumínio, é do tipo monobraço |
Para definir suas formas, a MV Agusta recorreu ao famoso projetista Massimo Tamburini, que desenvolveu o modelo com ajuda do Cagiva Research Center, criado em San Marino, em 1987. É que a marca Cagiva, também italiana e comandada pelos irmãos Castiglioni, atualmente é a dona da MV Agusta. O resultado foi uma motocicleta refinada, com desempenho esportivo e linhas marcantes, que incluem um grande farol ovalado na dianteira, escapes duplos de saída lateral e motor à mostra. Toda essa exclusividade, porém, vai ter seu preço. A MV Agusta Brutale 910S vai custar aqui R$ 74.900.
Técnica
A Ferrari caprichou no desenvolvimento do motor, um 4 cilindros em linha, 16 válvulas radiais e duplo comando. O propulsor com exatos 909,1 cm³ de cilindrada tem refrigeração a água e óleo e desenvolve 139 cv a 11.000 rpm e torque de 9,8 kgfm a 8.000 rpm. O câmbio tem seis marchas e é de fácil remoção para ajustes, como nas motos de competição. A primeira marcha já alcança 105,5 km/h, e a última ultrapassa os 260 km/h, se o piloto conseguir resistir ao vento, já que a Brutale não tem carenagem.
O quadro é construído em tubos de aço, em forma de treliça, enquanto a balança da suspensão traseira é do tipo monobraço, em alumínio, com amortecedor Sachs regulável, com 120 mm de curso. A suspensão dianteira é uma Marzocchi, com tubos de 50 mm de diâmetro e 126 mm de curso, também regulável. Os freios dianteiros têm duplo disco de 310 mm, com pinças radiais Nissin de seis pistãos. O freio traseiro tem 210 mm. As belas rodas, tipo estrela, têm aros de 17 polegadas. O painel, herdado da F4, tem elementos digitais e analógicos, e o peso a seco é de 185 kg. Informações: (31) 3275-2711.
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